domingo, 31 de agosto de 2008

As despedidas...penúltimo fim de semana...


É, começaram as despedidas. Sábado, 23 de agosto, abriu as despedidas oficiais. Apesar do convite estendido a várias pessoas, compareceram Fernanda, Diego, Virgínia e Joselito. Uma pequena parte das pessoas, mas com toda sua importância comprovada!u.u

Foi um dia realmente espetacular e nostálgico, digno de filmes de drama. Quem não foi ainda até lá é recomendável, invadir propriedade privada vale a pena, é realmente um lugar espetacular. Foi a minha última vez lá antes de partir, ai ficou aquele clima de nunca mais: abraços excessivos, olhares tristes, fotos e mais fotos. O que resultou numa das tardes mais espetaculares que eu já tive.

Nesse sábado, dia 30 foi a despedida com o pessoal de jornal, e que dia divertidíssimo. Fomos ao Dona Branca, no famosos Happy Hour e pra quem conhece a turma I.A.P.Ô.I já deve imaginar o que rolou...fotos e fotos e fotos e mais clima de adeus (to adorando isso véi). Não tem muito que contar quem foi sabe o quanto foi legal.


No domingo, 31, foi a despedida com a galera. A galera que me acompanhou desde sempre na minha vida, aqueles que estiveram comigo em todos os momentos. As pessoas com quem eu fiz as coisas mais loucas da minha vida, com quem compartilhei as piores e as melhores coisas do meu caráter. Claro que não foi todo mundo, aliás, foi uma pequena parte de toda a galera que (eles acreditem ou não) faz parte do meu coração. Num vou entrar no mérito da questão, mas acho que foi quem se importa. Evi, Arthur, Juka e Alynne (jake deu uma passada). Enfim, nos reunimos no quartel-general, a casa de Alynne, e comemos...e comemos muito!Poucas coisas são tão prazerosas como comer e o macarrão de Alynne estava espetacular. Foi outro climão, fotos e fotos e fotos depois, o drama foi guardado pro fim, nós acertamos que eles me deixarão no aeroporto.



A cada dia parece mais difícil ter de ir...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O episódio das Espanholas


Era um sábado e beirava o meio dia. Eu estava no msn até que minha amiguinha Clara (que nesse texto tbm será chamada de A GATA para fazer toda aquela coisa bonitinha de não repetir muito as palavras) resolve me fazer uma proposta para o período da tarde. Clara relatou que tinha acabado de receber uma ligação de seu amigo intercambista francês, Camillo, e que ele lhe pedira um favor. Camillo estava recebendo duas espanholas em sua casa, mas precisava viajar e não queria que as duas ficassem sozinhas no apartamento, por isso pediu que Clara mostrasse a cidade a elas. A GATA, então, me convidou para que fôssemos os guias das meninas nesse tour por João Pessoa.

Passei na casa de Clara por volta das 14:00, esperamos a ligação das meninas, as quais já sabíamos os nomes, Laura e Elena. Por volta das 15:00 elas ligaram e A GATA combinou tudo com Laura. Estaríamos em frente a Esplanada, na lagoa. A idéia era levá-las ao centro histórico e coisas do tipo. Saímos ao encontro delas e ficamos esperando no lugar combinado. Após uma meia hora, estranhando a demora, perguntei a Clara como elas eram. Com aquele olhar de quem esqueceu alguma coisa e um sorrisinho desconfiado no canto da boca, A GATA me respondeu que não sabia.

Nesse momento, nós percebemos que não sabíamos as características físicas das meninas, não tínhamos o telefone delas e nem, ao menos, sabíamos as roupas que elas estavam vestindo. Nesse exato momento imaginei duas loiras de olhos claros perdidas pelo centro pedindo informações e não sendo compreendidas, entrando em desespero, pegando ônibus errado. Enfim, depois desses poucos segundos de delírio e desespero, Clara pondera que estrangeiros são inconfundíveis, sempre tem características marcantes que o diferem da população local. Eu concordei, mas lembrei que elas poderiam já ter descido e não encontrado a loja, já que em espanhol não existe essa palavra (loja = tienda) e eu percebi a dificuldade para Laura entender a instrução ao telefone.

Lembrando que elas estavam vindo dos bancários, resolvemos ir até o ponto onde param os ônibus do bairro para ter certeza de que não havia nenhuma gringa perdida por lá. Na hora que chegamos à parada percebi que acabava de chegar um ônibus vindo dos bancários e decidimos observar bem quem estava descendo para tentar identificar.
Foi uma jogada de mestre porque na mesma hora identificamos as duas no meio da multidão. Elas não tinham nenhuma característica física que revelasse a nacionalidade delas, nem mesmo as roupas eram incomuns as que as garotas usam aqui, mas tem alguma coisa no jeito que entrega, não sei explicar.

Logo que concordamos que eram elas mesmas quem nós esperávamos pedi A GATA que fosse falar com elas e dizer quem nós éramos. Mas de repente, clara olha para mim e começa a rir sem parar. Eu não compreendi muito bem, mas ela disse que rindo daquela forma não conseguiria falar com as meninas. Então, eu, na minha completa sensatez, propus que as seguíssemos. Isso mesmo, as SEGUÍSSEMOS. Nesse momento A GATA desatou a rir ainda mais e eu também comecei a rir devido a situação, foi nessa hora que algumas pessoas começaram a observar com olhar de reprovação para nós, inclusive as garotas espanholas.

Quando notamos que elas nos viram, viramos a cara e fingimos que não era conosco. Então elas começam a andar e nós começamos a seguir (toda vez que escrevo a palavra seguir fico constrangido) e continuamos rindo e seguindo, tendo o cuidado de não sermos notados e sempre nos mantendo alguns passos atrás delas. E sempre tentando ouvir a conversa delas, claro, pra ver se escutava alguma coisa em espanhol, mas isso não deu muito certo porque nessa hora elas olharam com uma cara meio desconfiada pra nós e tivemos que fingir novamente.

Então resolvemos passar a frente delas pra estar esperando quando elas chegassem, foi meio ridículo esse momento também porque nós meio que corremos na lagoa pra chegarmos antes e elas perceberam que nós passamos na frente delas.

Para encerrar essa história longuíssima chegamos e estávamos lá, em frente a esplanada, como se nada tivesse acontecido e tudo acabou bem. Ainda nessa tarde nos perdemos no centro histórico e recebemos a ajuda de Laura, que nunca tinha vindo a João Pessoa, com seu mapinha da cidade, e depois elas revelaram como nos acharam estranhos quando estávamos rindo e as seguindo pelo centro, mas isso fica pra outra vez. Até mais!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O caso dos contracheques desaparecidos


Depois de um mês de correria, eu e minha mãe conseguimos juntar todos os papéis que o consulado espanhol pediu. A última coisa que faltava eram meras cópias, Xerox de tudo que tínhamos juntado.

Voltando do centro, era um fim de tarde e minha mãe e eu resolvemos fazer essas cópias na UFPB. Muito calmamente estacionei em frente a Central de aulas (CA) do CCHLA onde há várias xerox e lanchonetes. Sentamos calmamente numa das lanchonetes e organizamos todos os papéis, numa disciplina que mainha insiste em ter.

Então, com os papéis na mão nos dirigimos ao quiosque mais próximo. Nesse pequeno espaço que não chega nem a dez metros deixei a carteira de identidade de mainha cair no chão, não tínhamos visto, mas uma gentil transeunte viu, pegou e nos devolveu. Quando chegamos a xerox começamos a entregar para a moça e ela foi copiando, copiando até que minha mãe disse, agora me dê os meus contracheques. Eu procurei, mas não encontrei e disse:

- Não está aqui, a senhora deve ter pegado
- não, eu entreguei a você, junto com todos esses outros documentos
- impossível, não está aqui, já olhei duas vezes

Resolvi verificar se tinha caído no carro, apesar de nos lembrarmos que tínhamos visto os contracheques quando organizamos tudo na mesa da lanchonete. Começou a bater o desespero e procuramos por todo lado, no meio do caminho de um lugar pro outro (todo o grande percurso 10m), nas mesas da lanchonete e nada. Mainha pediu ajuda ao moço da lanchonete que saiu procurando conosco. Tentei manter a calma e disse, não tem problema, mesmo tendo que entregar esses documentos até amanhã a senhora pode pegar a cópia desses contracheques de manhã cedo e entregamos a tarde. Então veio a revelação bombástica, não tinha como conseguir a cópia desses documentos, ou eram aqueles, ou tudo estaria perdido. Nesse momento me veio a cabeço: seis malditos papeizinhos acabaram de destruir meu sonho de morar na Europa.

Ligações e mais ligações mainha descobriu que tinha como conseguir a cópia dos dois últimos, mas os demais teriam de ser encontrados, senão, realmente tudo estaria perdido. Eu já estava dentro do carro, derrotado, já não havia mais esperança. Mainha rezava e não perdia a esperança. Então, num súbito momento de fé, ela disse: - vou procurar mais uma vez!
Eu disse tudo bem, mas permaneci no carro. A essa altura mainha já tinha dado o número do nosso telefone ao homem da lanchonete para o caso dele encontrar os benditos. Observei de longe a perseverança de mamãe ao procurar atrás dos quiosques, até que vejo um sorriso de alegria no rosto dela. Ela se abaixa, pega um papel pequeno e comemora. Não precisava de outro sinal, sai correndo e de repente começamos a encontrar todos, uma a um. O último foi encontrado por mim quase embaixo de um carro a uns 100 metros do local onde nós estávamos.

Foi desesperador, mas conseguimos recuperar todos quase uma hora depois do início do terrível desaparecimento. Falamos com o moço da lanchonete e ele abriu aquele sorrisão de satisfação por nós termos encontrado todos. Tiramos as cópias e voltamos pra casa com a certeza de que nada mais poderia impedir a minha ida à Espanha, se os contracheques fujões não puderam nada mais pode!

Então, fica a dica: Sempre fique de olho nos contracheques!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Como Tudo Começou...


Não sei exatamente o dia, mas sei que foi em dezembro. Em dezembro de 2007 minha grande amiga Virgínia Milanesi veio com uma informação que mudaria minha vida. Ela me falou sobre o PIANI, e foi logo falando que ia tentar pra França e como seria sensacional se eu tentasse pra Espanha e se nós morássemos na Europa, além de todas as outras coisas maravilhosas que esse belo continente oferece.
Confesso que, apesar da empolgação, imaginei que não seria possível pelo alto custo da viagem. Mas como Virgínia é uma pessoa que tem uma facilidade enorme para convencer pessoas eu resolvi, ao menos, me inscrever e fazer a prova. A inscrição já foi uma novela, quase que não dava tempo, mas no penúltimo dia consegui. Fui falar com Virgínia e qual não é minha surpresa quando ela diz que desistiu, que pensou melhor e o mais sensato a fazer seria ir no próximo ano...isso foi bem desanimador, devo confessar. Mas resolvi não desistir e fazer a prova.
E como nada é fácil, principalmente pra mim, a prova envolveu outra confusão. No PIANI os concorrentes devem tirar uma nota igual ou acima de 7,0 na prova de proficiência do idioma para poderem passar para a próxima fase, que é a do CRE, a mais importante. Entretanto, ao contrário das provas dos outros idiomas, na prova de espanhol ninguém passou, exceto eu e mais duas garotas (não sei o nome delas) e com a nota mínima, 7,0. As outras pessoas que fizeram a prova não aceitaram e recorreram. Confusão e mais confusão depois foi feita uma nova prova na qual cinco pessoas, inclusive eu, com 7.1 (super acréscimo de nota) passaram. Devo admitir que a prova estava dificílima, com um nível altíssimo, mas acabou dando tudo certo no final.
Passei na seleção, recebi a carta da Universidade de Valência, passei por todos os tramites legais do consulado (peguei meu visto hoje) e agora, 25 de agosto de 2008, estou pronto pra viajar. Sei que não vai ser fácil viver num país estranho, com uma cultura diferente e uma língua diferente, longe de casa e sozinho. Mas acho que tudo vai valer muito a pena, mesmo deixando a família e os amigos para trás. E como vai ser difícil deixar os amigos, e as universidades...e como vai ser maravilhoso morar no velho continente, na Espanha, em valência!

Pra um primeiro post, acho que já escrevi demais... até a próxima!